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Fiat firma acordo trabalhista e confirma investimento na Itália

Funcionários de planta em Turim concordaram em reduzir greves e faltas.
Empresa prometeu investir em US$ 1,3 bilhão em novos modelos luxuosos.

Entrada da fábrica de Turim, na Itália
Entrada da fábrica de Turim, na Itália
A Fiat SpA conseguiu por estreita margem a aprovação de seus empregados para um inusitado acordo que limita greves e faltas ao trabalho em troca de investimentos na Itália, segundo informaram sindicatos.
Trabalhadores da deficitária fábrica de Mirafiori, em Turim, aprovaram com 54% dos votos o novo contrato, segundo um porta-voz do sindicato FIM.
O presidente-executivo da Fiat, Sergio Marchionne, que arquitetou a participação de 25% da empresa na Chrysler e recuperou a montadora italiana, ameaçou levar o dinheiro para fora do país caso os trabalhadores rejeitassem as mudanças.
O acordo foi aprovado pela maioria dos sindicatos representados na fábrica, mas rejeitado pelo sindicato de esquerda Fiom. O fator decisivo foi o apoio dos funcionários da ala administrativa, conforme porta-vozes sindicais.
"Uma votação de 46% para o 'não' parece para mim algo tremendo. Para fabricar carros bons, não se precisa de conflitos desse tipo," disse à Reuters o representante do Fiom em Turim, Giorio Airaudo.
Os principais executivos da Fiat e ministros italianos disseram estar satisfeitos com o resultado da votação e esperar que o acordo dê início a uma nova era nas relações trabalhistas, livre de amargor.
"Agora nós precisamos deixar as controvérsias e posições conflitantes para trás e enfrentar de modo construtivo os desafios que temos diante de nós," disse o presidente do conselho de administração da Fiat, John Elkann, em comunicado.
O contrato é parte de uma reviravolta sem precedentes conduzida pela Fiat nas relações trabalhistas na Itália, as quais vinham sendo baseadas em acordos nacionais em vez de negociações individuais nas fábricas.
Se os trabalhadores aceitassem o novo contrato, a empresa prometia investir 1 bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) na construção de novos modelos luxuosos Alfa Romeo e Chrysler em Mirafiori, a fábrica mais antiga da Fiat e símbolo da indústria italiana.