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Toyota diz que produção só voltará ao normal no fim do ano

Nível de antes do terremoto deve ser retomado em novembro ou dezembro.
Fabricação é afetada sobretudo pela falta de partes feitas no Japão.

toyota presidente (Foto: Koji Sasahara/AP)
Presidente da Toyota diz que produção continua
pela metade até junho
O presidente da Toyota, Akio Toyoda, disse que só no fim do ano a montadora japonesa deverá retomar o nível de produção de antes do tsunami. É a previsão mais longa entre as empresas do setor afetadas pelo fenômeno ocorrido em março.
Apesar de 17 plantas da Toyota no Japão terem escapado do desastre sem maiores problemas, as linhas de produção continuam operando com metade do volume normal no país e 40% desse volume no restante do mundo, devido à falta de suprimentos.
A produção no país vai continuar pela metade até junho, prevê a montadora. Na última terça (19), a Toyota havia divulgado que reduziria a produção na América do Norte a 75% nas próximas seis semanas pela falta de componentes que são trazidos do Japão. Na China, a redução é de 50% a 70%. A fabricação de carros fora do país só será aumentada a partir de agosto.
“Os danos foram tão extensos nessa calamidade sem precedentes que o efeito na economia é sentido em todo o Japão e em toda a indústria", lamentou Toyoda, ao prever que a produção local só retome o volume habitual em novembro ou dezembro. Alguns funcionários foram transferidos para ajudar na recuperação de unidades mais afetadas das fábricas de componentes. Toyoda não quis comentar sobre o impacto na situação financeira da empresa.
 
Dependência
A produção de cerca de 150 peças continua afetada; logo após o terremoto, eram 500. Para retomar o ritmo de montagem, a Toyota trocou alguns de seus fornecedores, diz o vice-presidente Atsushi Niimi. Para ele, foi difícil perceber que os carros da marca, mesmo os fabricados fora do Japão, ainda dependam tanto de partes produzidas no país. Nimi defende que a montadora se torne menos dependente do país de origem, não só na fabricação dos veículos como na rede de fornecedores de autopeças. "Não gostamos nem de pensar, mas é algo inevitável", lamenta. Toyoda ressaltou que a montadora pretende manter produção e empregados no Japão.
O presidente observou que as previsões dependem muito do que acontecerá nos próximos meses, uma vez que o país continua sofrendo réplicas do terremoto. "Ontem mesmo tivemos uma. Se continuar assim, será impraticável a recuperação rápida que estamos visualizando. É impossível prever o futuro", encerrou.