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Grand Cherokee |
Após o fracasso da terceira geração do Grand Cherokee, a Jeep entendeu o recado: as exigências dos consumidores de SUVs de luxo mudaram. Como ex-proprietários de sedãs, em grande parte, migraram para o segmento dos utilitários esportivos, o conforto do veículo para rodar na cidade pesa tanto ou mais na decisão de compra do que seu desempenho na lama. A resposta da marca para esse público é a quarta geração do Grand Cherokee que já esta à venda a partir de R$ 154.900.
Do antecessor, o modelo 2011 só traz o DNA da marca: o sistema de tração 4X4. Com 10 cm a mais de comprimento e 5 cm de largura, a carroceria segue linhas mais agressivas e próximas as dos crossovers, com vidros encurtados e uma enorme grade dianteira cromada. Para não perder a identidade, os designers mantiveram características de “velhos guerra” da Jeep, como a caixa de roda trapezoidal.
Mas o ponto crucial no desenvolvimento da nova geração foi o habitáculo, que no modelo anterior recebeu duras críticas pela falta de conforto e acabamento de qualidade muito inferior ao que se esperava da fabricante. Para se redimir, a Jeep trabalhou desde as formas, com um novo volante e novo painel de instrumentos, até o conteúdo, substituindo o plástico duro por couro e componentes emborrachados. As peças também são inteiriças para evitar sobras e, consequentemente, ruído interno.
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concorrentes grand cherokee |
Aliás, muito pouco se escuta do que está acontecendo fora do veículo. Graças as melhoria no isolamento acústico, não dá para notar o esforço que o novo motor Pentastar V6 3.6 litros faz para empurrar o “grandalhão” de pouco mais duas toneladas. Apesar do peso, os 286 cavalos de potência e 35,4 kgfm de torque são suficientes e acompanham a guiada mais esportiva oferecida no modo Sport, que traciona quase totalmente as rodas traseiras. Neste caso, a melhor pedida é a opção pela troca de marchas manual já que o modo automático da transmissão de cinco velocidades demora um pouco para responder as pisadas no acelerador.
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Grand Cherokee está a venda a partir de R$ 154 mil |
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Câmbio automático |
O condutor pode escolher ainda outras quatro condições de rodagem: Saud/Mud (areia e lama), Auto (automático), Snow (neve) e Rock (pedra), todas com opção de reduzida. Seja na terra ou no asfalto, a suspensão, que pela primeira vez é independente na dianteira e na traseira, tem comportamento exemplar e garante um rodar mais macio, sem deixar de ser firme. A quarta geração do Grand Cherokee é mais gentil ainda com os ocupantes. Os assentos dianteiros têm oito regulagens elétricas e outras quatro lombares, enquanto os bancos traseiros são bipartidos e reclinam até 18 graus.
A cabine conta com sete airbags (frontais, laterais, tipo cortina e joelho), sistema de som sensível ao toque e ar-condicionado individual para motorista e passageiro. A versão topo de linha, a Limited oferecida a partir de R$ 174.900, traz ainda teto solar, sistema de entretenimento na fileira de trás, câmera de estacionamento traseira com sensor de ré, memória dos assentos e regulagem elétrica da coluna de direção elétrica.
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Painel do Grand Cherokee |
O único desconforto para o motorista são os comandos do limpador de para-brisa e setas concentrados em apenas uma alavanca, do lado esquerdo. Por não ser comum, causa estranheza e requer adaptação. Os comandos do sistema de som no volante estão posicionados na parte de trás e também exigem tempo para “pegar a mão”.
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Grand Cherokee |
No entanto, o detalhe fica pequeno perto de tantas evoluções e o consumidor já responde. Em um mês e dez dias de vendas saíram das concessionárias da Jeep cerca de 300 unidades do SUV, mais de 40% do volume total estimado para 2011, que é de 700 unidades. E vem mais por aí. A Chrysler, dona da Jeep e pertencente a Fiat, reserva para este ano pelo menos mais duas estreias: o sedã grande Chrysler 300 reestilizado e o Dodge Challenger, equipado com motor V8 de 6.4 litros, o mesmo que é usado na versão mais potente do Grand Cherokee e que, em breve, também pode dar as caras por aqui.